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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Autismo (Artigo Científico)

O autismo foi descrito pela primeira vez em 1943, pelo dr. Léo Kanner e Hans Asperger como um distúrbio do desenvolvimento humano e hoje, apesar de 6 décadas de pesquisas intensas essa doença ainda é considerada um desafio para a ciência.

Ele é considerado uma síndrome caracterizada por transtornos qualitativos e quantitativos de interação social, comunicação e uso da imaginação. Os sintomas surgem nos primeiros 36 meses de vida. *Em média 60 a 65% dos autistas sofrem de retardo mental e 15 a 30% de convulsões.

Hoje o autismo é nomeado como “síndrome do espectro autista” porque o quadro clínico é muito variado, existem autistas com elevado grau de desenvolvimento intelectual e sociabilidade e outros que apresentam um quadro severo de retardo mental e insociabilidade.

O autista não interage com outras pessoas, ele pode entrar em uma sala com várias crianças e não brincar com elas. Muitos são resistentes à mudança de rotina. Existem relatos de autistas que não reconheceram o caminho para escola porque o pai mudou o percurso ou não queriam ir para a aula porque a camiseta do uniforme tinha mudado de cor. Eles não mantêm o contato visual, usam as pessoas como ferramenta para conseguirem o que querem. Apresentam risos e movimentos inapropriados, modo e comportamento arredio, giram objetos de forma bizarra e peculiar, não demonstram medo de perigos reais, agem como se fossem surdos e resistem ao contato físico.

Esta síndrome não apresenta sintomas clínicos. Quando você olha para um autista sua aparência é de uma pessoa normal. Somente quando se observa o seu comportamento percebe-se que ele é diferente. Para o diagnóstico, é imprescindível que os profissionais envolvidos sejam treinados e capacitados, pois é baseado em avaliação clínica.

Essa síndrome pode ocorrer em qualquer família, não escolhe raça ou classe social. A prevalência mundial é de *15-20 autistas para cada 10.000 habitantes. Nos Estados Unidos *dados de 2008, mostram uma incidência maior, ou seja, de 1 em cada 150 crianças, com tendências a aumentar esse número. O sexo masculino é mais afetado cerca de 3 homens para cada mulher, embora ainda não se tenha uma explicação científica para isso. O número de novos casos diagnosticados aumenta em média 3,8% ao ano, isso se deve ao maior número de diagnósticos de casos leves. Antigamente pouco se sabia sobre a doença, por isso apenas casos mais severos eram identificados.

O único dado oficial do Brasil revela a existência 600.000 autistas, mas estima-se que existe pelo menos um milhão de casos não diagnosticados. O ano passado o Ministério da Saúde iniciou uma pesquisa para levantar a real prevalência no país.

A causa do autismo ainda é desconhecida existe uma associação entre fatores genéticos e ambientais.Os fatores genéticos estão relacionados a alterações neurológicas, mas até o momento não existe nada definido de forma conclusiva. O fator ambiental está ligado às condições pré e pós-natal como a ocorrência de rubéola durante a gravidez, baixo peso ao nascer, complicação durante o parto e dificuldade respiratória.

Para que se tenha um bom prognóstico com relação ao tratamento, é preciso que seja realizado um diagnóstico precoce. Um diagnóstico seguro pode ser realizado antes da criança completar dois anos de idade, desde que alguns aspectos clinicos não sejam desprezados.
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O autismo não tem cura. O tratamento deve envolver uma equipe multidisciplinar e tem como objetivo melhorar a qualidade de vida através do controle dos sintomas comportamentais e condicionamento do indivíduo à vida social respeitando suas limitações. Devido às incertezas sobre sua causa existem várias propostas de tratamento. Nos EUA, há uma Lei que regulamenta a TERAPIA COMPORTAMENTAL (ABA), como a forma mais eficaz para o tratamento de Autistas.

Atualmente, as linhas comumente adotadas são: tratamento farmacológico onde a prescrição medicamentosa atua sobre os sintomas e a intervenção Psicológica, baseada na Análise Aplicada do Comportamento (ABA), que tem trazido resultados surpreendentes.

http://www.autism.com/
artigo científico: WHITE, J.F. Intestinal Pathophysiology in Autism.Exp Bio Med. v.228, p. 639-649, 2003.

6 comentários:

  1. Dr, sua pesquisa me ajudou! salvou me hoje rsrrs

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  2. Este artigo foi feito por si, Luciana? Vou usá-lo num trabalho para a escola! obrigada

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  3. Gostaria de saber como faço para usar uma sitação de seu artigo, vc o tem em pdf, pq preciso da paginção para poder citá-lo.

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  4. É importante destacar que o movimento autista não aceita essa terapia corpotamental (aba).há um grande empasse entre o movimento autista e a organização de pais e profissionais que buscam a cura.

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